quinta-feira, 30 de abril de 2009

Organizar os Jovens Trabalhadores

As juventudes partidárias se voltam muito mais ao Movimento Estudantil do que aos demais espaços de organização juvenil. No entanto a conjuntura atual exige que esse leque de atuação seja ampliado, pois é visível o crescente aumento da massa de jovens trabalhadores, inclusive entre aqueles que estudam.
A crise mundial do capitalismo, tão propagada pela mídia nacional e internacional, é produto da falência do modelo neoliberal de administração do capital, esse modelo implantado no Brasil na década de 90 atingiu fortemente os jovens, que sofreram com a diminuição de investimentos em Saúde, Educação, Segurança Pública.
Hoje em nosso país os jovens representam 30% da população economicamente ativa, apesar disso essa parcela da população não está inserida no mercado de trabalho e quando consegue emprego recebem salário baixos ou ficam na informalidade e no subemprego. Essa realidade é ainda mais cruel, os jovens, filhos da classe trabalhadora, não tem acesso ao ensino público superior e precisam trabalhar durante todo o dia para pagar seus estudos à noite. Tornando-se não um estudante que trabalha e sim um trabalhador que estuda. 
Esse conjunto não pode ficar solto e desorganizado, é preciso montar uma tática de renovação do movimento sindical para o fortalecimento do mesmo e da luta da classe trabalhadora. A CUT – Central Única dos Trabalhadores – dá esse ano um importante passo no sentido da organização dos jovens, a criação da Secretaria de Jovens Trabalhadores é fundamental e responde as necessidades de nosso tempo histórico. Contudo, essa ação deve se configurar na prática, no combate ao subemprego e a exploração dos jovens, principalmente nas empresas privadas. Os jovens trazem consigo a vontade de operar mudanças através da luta, e é esse sentimento que o movimento sindical precisa, nós jovens temos muito a contribuir na construção do dialogo entre as entidades e os jovens trabalhadores como nós. Rejuvenescer a organização sindical é aumentar a capilaridade do movimento e sua capacidade de mobilização.
Em tempos de crise mundial do capitalismo o 1º de maio é um momento ainda mais propício para reforçar o enfrentamento sindical ao modo de produção explorador por meio da energia militante da juventude.
A juventude do PT/Maceió chama à debater e construir também o movimento sindical compreendendo que a nossa luta não acaba junto com nossa vida escolar, nem pode esperar por uma “idade ideal” para começar. Somos o presente militante no meio estudantil e na luta cotidiana dos/as trabalhadores, vamos à luta.

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