Há quinhentos e nove anos esta terra que hoje chamamos de Brasil sofreu uma invasão eurocêntrica que arrasou a cultura do povo aqui existente inaugurando um longo período de retirada das riquezas naturais, exploração do potencial do solo até a exaustão e imposição do seu conceito de civilidade que dura até hoje.
Um artifício largamente utilizado para tirar esse assunto de discussão é aprisionar essa questão em uma única data e ainda disfarça - lá de comemoração, assim como outros marcos de luta. É importante a existência do dia 19 de abril como data simbólica, mas não se pode deixar de destacar a necessidade de corrigir no dia a dia o entendimento repassado sobre a destruição cultural e o genocídio do qual foram vítimas os habitantes originários de nossa terra em nome da acumulação de capital européia.
Principalmente nos bancos escolares ocorre a construção da figura do “índio” e seu estereótipo, aliada a mitificação da chegada portuguesa como uma grande descoberta que teria inaugurado a história desta localidade. Hoje em dia, apesar do fortalecimento do discurso reparador, o capitalismo ainda se recusa a garantir a demarcação de reserva de terra para os descendentes diretos destes povos, esta tem sido uma forte batalha travada. A JPT Maceió apóia esta bandeira de luta.
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